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Estar de férias é a melhor coisa do mundo!
Todos os anos, desde criança, faço a contagem decrescente para o início das ditas!
O cansaço acumulado é tanto que, nos últimos dias de trabalho, me limito a arrastar o corpo, de casa para o emprego e vice versa!
Quando finalmente o meu cérebro regista que estou,finalmente, de férias, sinto que me sai um enorme peso de cima de mim.
Nos primeiros dias fico em modo " zombie": vagueio por toda a casa, não me apetece pensar, nem fazer o que quer que seja... limito-me a olhar para o vazio e a ouvir o silêncio !
Segue-se o ritual de todos os anos: arranco o relógio do pulso, e durante aquele período , não quero saber do tempo... Eu sei que inevitavelmente ele continua a passar.... e nada o fará parar , mas durante as férias não preciso de saber a quantas ando , nem se estou atrasada, ou adiantada, para o que quer que seja .
Nos dias que se seguem a esse modo zombie começo a preparar-me para a festa ! É tempo de quebrar com a rotina, agarrar nas minhas preciosidades ( família, cadela, livros, iPhone e uma ou outra roupinha de praia) e zarpar para outras paragens !
Há um destino que é obrigatório repetir em cada ano da nossa vida : o Algarve!
o Algarve é fabuloso ( que o digam os estrangeiros que lhes chamam "um figo"!)
Eu adoro as praias fantásticas de água quentinha, a hospitalidade, a comida , os bares e restaurantes maravilha, as noites...
Na infância e adolescência a minha zona preferida era a de Albufeira e Vilamoura, porque estava na idade de adorar a confusão.
Agora, bem mais velha, prefiro sítios mais calmos.
Este ano o destino foi,mais uma vez, Tavira. Deixo -vos o vídeo que coloquei no YouTube.
Se gostarem façam like e partilhem.
A maminka deseja a todos umas óptimas férias, no Algarve,é claro!
Férias são sinónimo de praia, sol, mar, dormir, estar em família, rir, espairecer...mas não concebo falar em férias sem, de imediato, pensar em livros.
Apesar de ler ao longo de todo o ano, é nas férias que a leitura tem um sabor especial e único!
Tenho todo o tempo do mundo para entrar nas histórias, nas vidas das personagens, de me entusiasmar , de me emocionar, de ler sem parar!
E isso é tão bom! Isso sim são férias!
É por isso que é muito importante escolher os livros que se levam na mala!
Este ano venho acompanhada de dois livros, que estou a ler em simultâneo :
1- Um deles foi muito recomendado pelos amigos da blogosfera e colocado no Top 10 de toda as revistas da especialidade: "A rapariga no comboio" Ainda só li as 100 primeiras páginas e estou a adorar! Não é um mero thriller! É um livro fantástico , absorvente que nos surpreende, sempre e mais em cada página, e à medida que vamos avançando na sua leitura! Adormeço a lê-lo e acordo a pensar nele! Será que se mantém assim até ao final?! A ver vamos...
2- O outro livro, não é de ficção (infelizmente é bem realista), chama-se " Os bébés de Auschwitz"e foi comprado depois de ter visto um documentário na televisão sobre uma dessas bébés que hoje já é avó.
É um livro muito bem escrito pela biógrafa Wendy Holden que descreve a história da vida incrível de três mães, antes e depois de serem levadas para os malditos campos de concentração !
É arrepiante só imaginar o que terão passado !
É de louvar tanta coragem e dignidade!
Como conseguiram estas mulheres, sobreviver a tanta humilhação, a condições de vida desumanas, a tanta fome,tanto frio,tantas dores, e tanto HORROR?!
E, como é que, mesmo contra tudo e contra todos, conseguiram dar à luz, e até amamentar, os seus bébés, apesar da extrema magreza em que se encontravam?!!!
Sabem que mais? Depois de ler este livro olhei para o céu e fiquei infinitamente agradecida a Deus por ter tido uma maternidade fantástica.
Tive enjoos? Incharam-me as pernas? Não conseguia dormir bem com o barrigão? Chorava por causa das hormonas? Tive de ficar três meses de cama porque corria o risco de abortar? Tinha muito medo do parto?
Pois, ao pé destas 3 mães que tiveram de mentir, enganar a fome, o frio, a dor na alma, que ficaram sem maridos, e sem grande parte da família, as minhas queixas durante a gravidez , foram só mimalhice acumulada !
Leiam e vejam se eu não tenho razão!
Férias com crianças são muito melhores se forem ao ar livre e em dias cheios de sol!
No meu tempo, sempre que íamos de férias, ouvia muitas vezes os adultos (pais, avós, tios) dizerem, entre dentes:"Que Deus nos ajude com o tempo! Se vamos para lá, com a criançada toda e nos chove em cima, "é a morte do artista"!
Nunca consegui perceber o significado disto. Porque receavam os adultos que a chuva poderia matar um artista? E de que artista estariam a falar?!
O que poderia correr mal quando nos preparávamos para ir para o Alentejo com os pais, avós, irmãos,alguns tios e primos?!
Só conseguia pensar nas nossas brincadeiras, nas descobertas que fazíamos, nos banhos na lagoa, no barco, nos nossos passeios, na risota pegada!
Mas tudo isto era feito ao ar livre! Com céu azul, calor e muito espaço !
Tenho a certeza que nesse tempo passado cá fora, nas brincadeiras e nesse mundo só nosso,não incomodávamos ninguém!
Até porque os adultos queriam mais era sossego e preferiam ficar dentro de casa.
Assim chegávamos à fórmula perfeita: adultos para um lado, e crianças para o outro, o que significava férias-para-todos!
Só depois de sermos pais e tios conseguimos compreender o porquê da chuva poder ser mesmo "a morte do artista".
Se chove vamos todos para dentro de casa.
Acaba-se o ar livre e todas as brincadeiras cá fora!
E ... a partir daí o caldo está entornado! A criançada vira barata tonta sem saber o que fazer dentro de um espaço mais limitado e fechado! E,então, começa o massacre aos adultos:
- Quanto tempo falta para a chuva parar ?
-Não sei!
-Quando podemos ir lá para fora brincar?
-Não sei!
- O que é que podemos fazer aqui dentro de casa?
- Vejam televisão !
- Mas aqui não temos MEO!!!
- Peguem nos Tablets!
- Mas vocês proibiram-nos! Disseram que o ar puro nos fazia melhor!
-Sim ... Mas até parar a chuva podem voltar a jogar!
- Só que agora estávamos mesmo a gostar de brincar lá fora!
-MAS NÃO PODE SER PORQUE ESTÁ A CHOVER!
-Que chato!!!
-Vocês é que estão a ser chatos! Vão para os vossos quartos falar, jogar ou fazer o que mais lhes apetecer!
- O pior é que queremos mesmo ir lá para fora!
Chegados a esta fase do diálogo, das duas, uma: ou as crianças são salvas pelo gongo, porque a chuva pára tão abruptamente como começou, e podem finalmente correr lá para fora e retomar a brincadeira, ou se fecham nos quartos, com um ar rezingão e amuado, como se toda a culpa do mundo fosse dos adultos ou, quem sabe, de um tal artista que deveria mesmo morrer assassinado!
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