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Decidi que, todos os dias , a meio da manhã, tinha de ter o meu momento Zen.
É uma coisa simples, mas que me dá um prazer imenso:sentar-me numa esplanadinha que tem vista para o Castelo (sou uma sortuda quanto à localização do meu trabalho) a beber o meu café, tranquilamente, sem pensar que tenho à minha espera mil problemas para resolver, muito papel para despachar e muita decisão para tomar.
Em dias quentes, como o de ontem, atrevo-me até a fechar os olhos,e deixar-me levar pelas sensações boas, que me invadem e transportam para os dias felizes da minha vida.
Umas vezes, sinto-me como se estivesse na praia, quando, depois de um bom banho, me atiro para a areia e deixo o sol beijar-me a pele e fazer-me esquecer o mundo...outras vezes, sou levada para o campo e consigo ouvir, lá ao longe, o som dos grilos e o chilrear dos pássaros....
Há dias em que consigo até ouvir o som do silêncio!
Depois de 10 minutos de pausa KIT-KAT, volto ao trabalho, não conseguindo esconder um certo sorriso maroto, de quem acabou de ir lá longe...ao seu jardim secreto...onde ninguém mais, senão eu, tem a chave para entrar!
Hoje li um artigo aqui neste blogue sobre viagens, com o qual concordo plenamente, onde basicamente se chega à conclusão que viajar torna as pessoas mais felizes do que a simples compra de bens materiais.
É certo que quando se está em baixo ( e as mulheres sabem) a melhor coisa para animar é ir fazer umas comprinhas com as amigas.
Não é necessário gastar muito, basta comprar qualquer coisa nova, um género de mimo para ficarmos com um sorriso na cara.
Este era, pelo menos, o cenário típico antes da crise se ter instalado na Europa e no mundo.
Penso que, hoje em dia, o que nos faz mais feliz é saber conseguir poupar. São outros tempos, outras mentalidades, outras formas de se encarar a realidade!
Mas continua-se a poupar para gastar em algo que nos dê prazer!
E,de facto,qualquer viagem que se faça permanece durante muito mais tempo na nossa memória, do que a simples compra de um vestido ou mesmo de uma coisa para a nossa casa .
Na verdade já me esqueci onde e quando, recentemente, comprei um vestido preto que todos me elogiam, mas ainda hoje me lembro da viagem que fiz aos 29 anos à Índia ( Agra, Jaipur, Nova Deli) e a Caxemira (simplesmente divinal! ).
Como me posso esquecer daquelas cores maravilhosas, daqueles cheiros, do calor húmido, das vacas sagradas que faziam parar o trânsito quando atravessavam a estrada, das crianças que nos puxavam e pediam rupias e que ficavam felizes com as esferográficas que distribuía por todas elas?
E do Taj Mahal? Como é que alguma vez se apaga da memória um monumento que nela fica registado para todo o sempre?
É impossível esquecer as pessoas com quem partilhei esta viagem fabulosa e quase chego a ter presente as conversas que tivemos, os segredos que trocamos, a felicidade espelhada nas nossas caras e a sensação de quão longe estávamos do nosso país e da nossa família!
Sentiamo-nos longe do mundo... mas tão perto do paraíso!!!!!!
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