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Decidi que, todos os dias , a meio da manhã, tinha de ter o meu momento Zen.
É uma coisa simples, mas que me dá um prazer imenso:sentar-me numa esplanadinha que tem vista para o Castelo (sou uma sortuda quanto à localização do meu trabalho) a beber o meu café, tranquilamente, sem pensar que tenho à minha espera mil problemas para resolver, muito papel para despachar e muita decisão para tomar.
Em dias quentes, como o de ontem, atrevo-me até a fechar os olhos,e deixar-me levar pelas sensações boas, que me invadem e transportam para os dias felizes da minha vida.
Umas vezes, sinto-me como se estivesse na praia, quando, depois de um bom banho, me atiro para a areia e deixo o sol beijar-me a pele e fazer-me esquecer o mundo...outras vezes, sou levada para o campo e consigo ouvir, lá ao longe, o som dos grilos e o chilrear dos pássaros....
Há dias em que consigo até ouvir o som do silêncio!
Depois de 10 minutos de pausa KIT-KAT, volto ao trabalho, não conseguindo esconder um certo sorriso maroto, de quem acabou de ir lá longe...ao seu jardim secreto...onde ninguém mais, senão eu, tem a chave para entrar!
ANOS 70 e 80
Quando era jovem,num tempo que era o meu, o estar bronzeada era a melhor coisa do mundo!
Sentíamos-nos giríssimas, tipo "Rainhas da festa"e tínhamos imensa saída!
O bronze dáva-nos um ar giro e super saudável! E os outros também nos achavam assim! E, só por isso, já éramos felizes!
O intuito era, passarmos um dia inteirinho na praia e esturricarmos, literalmente, ao sol!
Tínhamos pressa de alcançar o bronzeado perfeito!
Para isso valia tudo!
Protector solar ?! O que era isso?
Lembro-me apenas de um boião com creme de cenoura , assim tipo alaranjado. Era um creme que "fritava" até mais não!
Protecção zero!
Havia até quem usasse coca-cola para acelerar o processo de bronzeamento!
Bronzeados, inconscientes mas...muito felizes!
Anos 90 e seguintes
Começámos todos a ganhar alguma consciência sobre os perigos do sol, do buraco na camada de ozono.
O sol em excesso pode causar muitos danos à saúde!
De nosso maior amigo, o sol passou a poder ser também nosso inimigo.
Aí ...quando o medo se começou a apoderar de nós, começamos a usar protectores solares, ou melhor dizendo, a fingir que usávamos .
Mas com factores pouco elevados!
Chegámos a fazer assim: Primeiro púnhamos o tal creme de cenoura. Quando víamos que estávamos a ficar muito escaldados, dava-nos o peso na consciência, e passávamos para um creme com uma protecção mais elevada, tipo factor 6 .
Púnhamos aquilo por cima, para emendar a borrada que tínhamos feito inicialmente.
É claro que o escaldão já ninguém nos tiráva!
ACTUALDADE
Não batam mais no ceguinho. Já percebemos tudo: O Sol é bom, mas quando apanhado com moderação.
Aliás, como tudo na vida!
Agora já somos politicamente correctas: Apanhamos menos sol, colocamos cremes de protecção mais elevada: Começamos com um de factor 20 nos primeiros 3 dias, depois passamos para o factor 10 e nos últimos dois dias de férias colocamos o factor ... 4 . E se ainda houvesse terminava feliz com o meu adorado creme de cenoura!
Se me pedissem para indicar um lugar no mundo onde eu me sinta em casa, eu diria NY!
NY faz-me sentir bem...vamos lá saber porquê!
É uma cidade a que tenho tido a felicidade de voltar sempre que sinto que estou a precisar de uma alma nova!
Já somos tão "tu cá, tu lá" que lhe conheço os cheiros, a luz , os sons únicos, a explosão de cores e o ritmo frenético das pulsações ...
Sou tão bem recebida que nas lojas quando se dirigem a mim, com um grande sorriso e me dizem: " Good morning! How are you today?" eu derreto-me toda com o excesso de atenção que, parece mesmo, ser totalmente só para mim!
Quando estou em NY gosto de me misturar com a cidade e sentir que faço parte dela!
Quando pensei que já não haveria muita coisa que ainda me espantasse...enganei-me!
Nesta última sexta-feira e sábado, dias 29 e 30 de Maio de 2015, fui surpreendida por um fenómeno chamado "Manhattenhange" em que o sol alinha com as ruas de NY.
Acontece apenas duas vezes no ano!
"Lucky me"que estava cá e vi tudo, a cores e ao vivo!
Depois de encontrar o meu trevo de quatro folhas, a magia aconteceu!
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